André Villas-Boas foi a personagem escolhida pelo jornal O Jogo para realizar uma extensa entrevista onde fala de tudo. E ficámos a saber que aquela investida do SCP teve como consequência o aumento do salário e a existência de uma cláusula de rescisão.
Ficam aqui algumas das passagens que achei mais interessantes, mas podem sempre ler a entrevista na íntegra.
Não arriscou em demasia para começo de carreira?
É o contrário. A Académica é que arriscou com a minha chegada. O mais fácil era dizer que eu era o observador do Mourinho e sem experiência de campo - o que não é verdade. Era fácil argumentar que não tinha experiência, sendo certo que ninguém a ganha se não tiver acesso a ela. Construiu-se a crítica pelo lado mais fácil. Tem 32 anos, é o observador do Mourinho, e vão dar-lhe a liderança de uma equipa? Essa é uma análise completamente errada. Há competências a ter em conta - e sentia-me pronto para abraçar um projecto. O projecto da Académica, um emblema com história no futebol português, é interessante, e não só porque na altura em que cheguei não estava distante do então penúltimo classificado [três pontos].
Quando cheguei, os objectivos da Académica já eram os de garantir a manutenção o mais rápido possível. A situação melhorou consideravelmente e permitiu-nos chegar a este período de Natal numa posição desafogada.
Vai fazer aquisições no mercado de Inverno?
Para já estou é interessado em emagrecer o plantel - de 28 jogadores - de modo a haver maior competitividade interna. Não alinho nas excitações de mercado! A haver algum alvo terá sempre de ser muito bem pensado.
Dá-se por satisfeito com a manutenção?
Esse é o grande objectivo, se possível obtendo igual classificação à do ano passado [7º]. De resto, fez-se justiça e teremos uma palavra a dizer na Taça da Liga. Temos bons jogadores, um orçamento baixo e não obstante satisfaz-me saber que a Académica é hoje sinónimo de prática de bom futebol.
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