sexta-feira, dezembro 01, 2006

Da Assembleia Geral

Como prometido fui à Assembleia Geral. E houve algumas coisas que me deixaram agradavelmente surpreendido. Falemos das boas notícias primeiro:

1. Elevado número de sócios. Não contei, mas deviam estar mais de 150 pessoas na sala. Gostei. Tive pena que não fosse sempre assim.

2. Mesa do Conselho Fiscal cheia. Que contraste com a última Assembleia.

De uma breve análise às contas, feitas por mim que sou um não especialista, saltaram à vista os 12.123.383,70€ de passivo por um lado e o resultado positivo ( 43.713,95€) no exercício 2005/2006.

O Presidente alinhou o seu discurso em duas linhas:

1. O mal já vinha herdado de antes de 2002

2. Chamou a atenção para o facto de no Passivo estarem contabilizados como negativo 2.660.000,00€ na rubrica Adiantamentos de Clientes, que se referem a letras que foram usadas para pagar passes (e.g. Marcel). Alega o Presidente que assim que se chegar à data de vencimento das letras este valor saíra do Passivo.

Para mim nenhum destes argumentos colhe, e teria chegado se ele salientasse que o resultado no exercício tinha sido positivo. Afinal era isso que se estava a falar. Mas isso sou eu e a quase totalidade da sala não pensava como eu, como se veio a provar.

Sobre os incidentes da AG não me irei alongar muito. Não tenho grande apetência para falar de telenovelas, ainda para mais porque os artistas tem uma noção de democracia que me irritou. A noção de que "eu sou sócio posso dizer o que quero" e quando alguém está a emitir opiniões contrárias é vaiado e interrompido. Essa parte não gostei, pensei que estava numa Assembleia Geral de um clubezeco qualquer e nunca da Briosa.

Claro que depois percebi melhor o que se tratava, quando ouvi um associado a dizer que tem de falar porque "esta seria a última Assembleia Geral antes de eleições". Ou seja, ele tinha uma Agenda pessoal que queria colocar em acção. Não queria falar porque discordava de algum ponto, queria falar apenas porque era a última oportunidade de falar em público perante associados antes das eleições.

Excluo deste lote de comentadores da AG, Campos Coroa. Foi nitidamente à AG defender-se de acusações que achou injustas e fê-lo de forma rápida sem tecer considerações qualificativas. Falou de factos, em seguida José Eduardo Simões rebateu também com factos e a coisa ficou por aqui. Cada associado tirou as suas conclusões de onde está a razão.

Gostei bastante do comportamento de Gonçalo Capitão no Conselho Fiscal. Nota-se a caloirice na função, mas que foi exercida com excelente cuidado e sem a prosápia que normalmente se fazem acompanhar os que se colocam nestas posições. Sentiu-se uma aragem fresca nas suas intervenções e parece-me que acolheu o respeito de toda a Assembleia.

Fiquei abismado ao ver os preciosismos com que se atiravam ao ROC, nomeadamente sobre se o termo "Proveitos irregulares" sobre se queria dizer "proveitos ilegais" ou "extraordinários". Enfim.. nós portugueses temos mesmo um problema de linguagem.

Mais uma peripécia aqui, mais uma peripécia ali e o Relatório foi aprovado por larguíssima maioria (21 votos contra). O orçamento 2006/2007 também foi aprovado por larga maioria. Não adianta agitar o papão de que estaria gente na sala sem as cotas em dia, porque é de admirar que nas mais de 100 pessoas que votaram favoravelmente não haja 22 com as cotas em dias. Eu tenho. 

4 comentários:

  1. A MONTANHA PARIU UM RATO

    A AG da AAC decorreu uns furos abaixo do previsto! E digo uns furos abaixo porque a expectativa era enorme. A “oposição” nas semanas anteriores tinha feito um grande escarcéu intoxicando a blogosfera com os maiores dislates e dando a sensação a quem cá anda há pouco tempo, que a luta iria ser renhida. A sala estava repleta – cerca de 200 pessoas. Ao fundo à esquerda um magote de cerca de 20 pessoas ouvia visivelmente incomodada as explicações sobre o relatório de contas. Claro que quando as coisas não lhes cheiravam bem manifestavam-se ruidosamente dando largas aos seus princípios reconhecidamente democráticos. Não fora a atitude do Dr. Almeida Santos ameaçando retirar-se e estou convencido que poderiam ter acontecido cenas menos próprias para resolver o assunto. Foram pessoas deste calibre que estiveram à frente da Briosa!
    Quanto ao relatório em si foi aprovado pela esmagadora maioria dos presentes; uma floresta no dizer do Presidente da Mesa da Assembleia-Geral. Ainda tentaram, com um autêntico golpe de mão, que não se votasse; mas mesmo dentro desse grupo, há sempre pessoas mais clarividentes do que outras; alguém, naif mas coerente, e grande Academista, fez uma proposta para que se votasse e assim aconteceu.
    Como já tinha sido esclarecido pelo Pedro Santos e outro no Académica Sempre. o passivo não tem a dimensão nem a perigosidade do propalado aos sete ventos quer na blogosfera quer pela nossa “objectiva” imprensa. Um terço desse passivo vem da direcção anterior!!!!
    Apareceu então esbaforido o Dr. Campos Coroa que tentou explicar o impossível. Debitando um discurso titubeante, arrastado, aqui e ali incoerente, fez no entanto o seu dever, admitindo contudo a emissão de cheques carecas. É pena que o antigo Presidente da Direcção, um homem honesto e um grande Academista – faça-se justiça –, não esteja sempre presente nas AG e seja preciso um SOS para vir a correr. Isso não lhe fica bem!
    O sócio António Ferrão, um bocadinho cáustico para o meu gosto, (ataca-se assim o seu Presidente?), apesar de objectivo e de eu estar de acordo com a maioria das coisas que disse, deu quanto a mim uma das calinadas da noite, ao referir que numa multinacional o Eng. JES já estava na rua se tivesse efectuado semelhante gestão. Reparem bem: o nosso Presidente entrou para uma direcção após a debandada do anterior elenco, que se diz vítima duma golpada, que deixou a AAC-OAF completamente de rastos; pagou dívidas e cheques carecas; pagou ordenados em atraso a jogadores; tem havido dinheiro para o denominado “turnover” de jogadores – 60 em três anos – que possibilita a escolha dos mais adequados; equilibrou as contas; a AAC-OAF é de novo uma respeitável equipa que não anda nas bocas do Mundo; a sua equipa de futebol continua na primeira divisão; na presente temporada ocupamos na classificação o melhor lugar dos últimos anos; é pouco? Eu também gostava de mais – queremos sempre mais – mas daí ao homem ser incompetente vai uma grande distância. Meu caro António Ferrão já alguma vez leu os relatórios de contas de grandes empresas? Apresentam todas grandes passivos! Não são viáveis por isso? As empresas com maior passivo são as que mais crescem. Precisam, isso sim, é de serem bem geridas.
    Já me alonguei demais, mas não queria terminar sem manifestar a minha desilusão, pela ausência de intervenções dos responsáveis pelos blogs que atenazanam a equipa directiva. Então convidam e incitam os sócios a comparecer na AG e esses senhores não intervêm? Não dizem o que pensam? Só “falam” atrás do monitor? A sua intervenção limita-se a “bocas”, interrupções, risadas, impedir que se oiçam aqueles como quais não estão de acordo e votar contra seja o que for? Isso é pouco! Na minha modesta opinião deveriam rever os vossos métodos; uma oposição forte, esclarecida e civilizada é fundamental para poder exigir ao Eng. JES uma liderança, eficaz, competente e respeitadora dos estatutos, que continue a guiar a nossa Briosa rumo a novos desafios. Estou no entanto firmemente convencido que não havia ontem naquela sala ninguém que não quisesse o melhor para a nossa AAC.
    Viva A AAC.

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  2. Sr. Eng. Lucílio Carvalheiro

    É de facto imprescindível que o Sr. Eng. esclareça rapidamente essa história das quotas.
    A ser verdade que tem estado nas últimas AG sem as quotas em dia, sendo portanto a sua presença ilegal e fraudulenta, revela uma desonestidade e uma grande falta de respeito para com a Associação Académica de Coimbra. É uma pedrada no charco que o desacredita completamente, mas que também atinge, e de que maneira, o grupo que defende e em que está inserido.
    Raramente partilho das opiniões que emite, embora as respeite, mas nunca me passou pela cabeça por em causa o seu amor à Briosa, pelo que a serem verdade tais notícias, lamento a sua atitude e tenho sinceramente pena de si.
    Anónimo

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  3. Estou de volta !

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