Não me parece óbvio que o facto de a proposta da Direcção ter sido chumbada seja condição suficiente para que a mesma se demita e explico porquê:
- A Direcção candidatou-se e foi eleita sem ter colocado o assunto da constituição da SAD como objectivo
- De facto, na sua campanha eleitoral, José Eduardo Simões foi claro ao afirmar que não queria nenhum modelo da SAD e advogava a constituição de uma Fundação para gerir o património do clube
- A actual proposta deriva assim, de um contexto forçado pelo Governo, onde a Direcção apresentou aquela que lhe parecia a melhor solução
Ou seja, parece-me claro que a actual proposta deriva de uma decisão que a Briosa foi forçada a tomar, daí o não considerar que a apresentação de uma SAD tenha sido uma traição a quem votou na actual Direcção, mas sim uma inflexão derivada do contexto. Da mesma forma, acho que a derrota da proposta da SAD não significa um chumbo à Direcção, mas apenas uma divergência de opinião. Desta forma, considero que continuam reunidas todas as condições para que a Direcção continue e não percebo muito bem estas declarações:
“A direcção escolheu um caminho depois de se ter aconselhado com juristas e se essa proposta não for escolhida não podemos deixar de retirar as consequências necessárias e talvez colocar o lugar à disposição”
Luís Godinho – Diário de Coimbra de 21 de Maio