quinta-feira, agosto 28, 2008

Mancha Negra e OAF procuram chegar a acordo (*)

Quem se deslocou ao estádio José Gomes, na Reboleira, foi surpreendido pela tarja exibida pela Mancha Negra. Ao contrário do habitual nestes 23 anos de existência, não se tratava de uma qualquer expressão de apoio aos jogadores ou ao clube da cidade do Mondego. Essas não foram vistas na Amadora… 
A frase que surgiu em letras garrafais: “Podem querer tirar-nos tudo menos o Amor à Briosa”, tinha como alvo directo a direcção dos “capas negras”. 
E a razão prende-se com as alterações que o elenco presidido por José Eduardo Simões pretende efectuar ao “protocolo” estabelecido entre o clube e a falange de apoio.
A principal passa pelo valor a despender pela revalidação do bilhete de época, com a direcção a pretender que os membros da claque paguem praticamente o mesmo que os restantes associados.
«Os sócios da Mancha também são associados da Académica. Mas têm especificidades diferentes. Para além de serem estudantes, muitos acompanham a equipa também nas deslocações. Hoje em dia os jovens não têm grande poder de compra, pelo que se não houver um apoio é complicado que possam ir aos estádios e apoiar a Briosa. O futebol é caro», frisou João Paulo Fernandes, responsável da claque.
O “grito de alerta”, justificado «pela necessidade de marcar uma posição», teve os seus efeitos e o certo é que as duas direcções já se reuniram, procurando estabelecer um princípio de entendimento. A reunião registou alguns avanços, mas o acordo ainda não está estabelecido. 
«Entendemos que se tenham de rever os valores estabelecidos na AG de Setembro de 2003, onde se definiu que os sócios da Mancha Negra, teriam de pagar 2,5 euros de custos administrativos para revalidar os cartões de época. Também compreendemos que os nossos acordos com a TBZ, devido à revisão do acordo entre a Académica e aquela empresa, tenham sido suspensos. Mas tem de haver diálogo. Estamos todos com e pela Briosa, pelo que acredito que conseguiremos chegar a um entendimento», asseverou João Paulo Fernandes, que ainda assim deixou claro que um novo acordo pressupõe igualmente a aprovação pelos sócios, em nova Assembleia-Geral.
(*) in Diário de Coimbra

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