Em altura de defeso, gosto de olhar para os outros e ver que caminhos trilham.
Em primeiro lugar, o Boavista, cujos dirigentes continuam a atirar areia para os olhos dos seus associados. Qualquer pessoa desapaixonada percebe que o principal problema do Boavista é financeiro, mas com umas exaltações sobre o Apito Final, o culpado parece ser o Conselho de Justiça. Alguém consegue perceber porque é que um clube que não consegue inscrever jogadores por causa das dívidas ao Fisco mete providências cautelares por ter descido de divisão. O futuro do Boavista será um de dois - Salgueiros ou Farense. Ou desaparece ou começa lentamente a reeguer-se.
É bom recordar como é que financeiramente o Boavista chegou a esta posição. Tudo começou com a construção de um Estádio novo, que não teve as mesmas ajudas financeiras que os outros Estádios de clubes. Não sei se merecia ter ou não. Apenas sei que esta fuga em frente para o betão, com a ilusão de que o dinheiro depois aparece à vezes corre muito mal. Mesmo muito mal.
Em segundo lugar o Leixões. O clube acabou de ceder a sua SAD, passando a deter apenas 15%. Já vi algo parecido com o Beira-Mar e o Estoril. Portugaltem mais chico-espertos do que investidores. Esperemos para ver o que vai dar.
Em último, um olhar para os grandes. Moutinho e Quaresma são belos exemplos de como os jogadores portugueses respeitam os seus contratos e os seus clubes. Não creio que seja atributo exclusivo dos portugueses, mas o facto é que casos similares (Deco, Lucho, Katsouranis) se passam/passaram com muito menos estardalhaço. Há falta de profissionalismo no jogador português, que chega ao cúmulo de preferir um clube a outro, só porque fica uns quantos km mais perto de casa.
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