O antigo jogador da Briosa contou ao Maisfutebol as razões que o levaram a deixar a Roménia, traçando um cenário negro para os portugueses que lá ficaram, devido a um redireccionamento dos responsáveis do clube, agora mais virados para outros mercados.
Fredy rescindiu com o Cluj e treina-se na Académica
«Rescindi com o Cluj, alegando justa causa, devido a ordenados e prémios em atraso», começou por confirmar o antigo aleta da Briosa, pela qual jogou durante três épocas, antes de fornecer mais alguns pormenores: «A partir do momento em que mudou a política do clube, os portugueses começaram a ficar de lado. O Amoreirinha e o Pedro Oliveira [transferiu-se recentemente para o Modena, de Itália] foram os primeiros a sofrer com isso, mas há mais jogadores.» Fredy não quis, no entanto, dar a cara pelos colegas.
O lateral já não era opção com o anterior técnico, Ian Andone, que foi despedido em Agosto, apesar de ter conquistador o título nacional, mas a situação agravou-se com a chegada do italiano Maurizio Trompetta. «O novo treinador não me conhecia mas a direcção nem sequer lhe deu oportunidade de me ver», acusa o defesa, de 29 anos.
Vida difícil na Roménia
O antigo internacional sub-21 admite que viveu momentos conturbados na Roménia, para onde emigrou em Janeiro de 2007, com algumas faltas de respeito e quebra de confiança: «Foi complicado. Nunca me tinha acontecido em tantos anos ao mais alto nível. E, sobretudo, senti que era injusto porque sempre fui um excelente profissional, sempre cumpri as minhas obrigações. Eles falharam redondamente comigo. Tanto foi, que me obrigaram a tomar uma decisão drástica como esta.»
De regresso a uma cidade que sempre gostou, o jogador quer agora esquecer o passado e recuperar a forma: «A minha prioridade é manter-me em actividade para, em Janeiro, estar em condições de dar seguimento à minha carreira. Quero, por isso, agradecer à direcção da Académica e à equipa técnica, por esta oportunidade de me manter a treinar.»
Um reingresso na Briosa, que até está com problemas do lado esquerdo da defesa, é algo que, por enquanto, não lhe passará pela cabeça. «Neste momento, não penso nisso e penso que os responsáveis do clube também não. Eles querem, sim, ajudar-me e nada mais.»
in MaisFutebol
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