Polémica entre Briosa e TBZ gera queixas-crime mútuas
As queixas-crime ontem apresentadas, pelo vice-presidente da Académica e pela TBZ, mostram o quão deteriorada ficou a relação entre as duas partes que ainda recentemente tinham assinado novo contrato para a gestão do Estádio Finibanco – Cidade de Coimbra.
Em causa, como o Diário de Coimbra noticiou no domingo, está o facto do presidente da TBZ ter tentado, no sábado, levantar parte do dinheiro das bilheteiras do jogo Académica-Benfica. Uma iniciativa que esbarrou na Direcção da Briosa que terá impedido João Barroqueiro de levar cerca de 65 mil euros, que terão seguido para uma empresa de guarda de valores. A TBZ entende que esse acto de reter o dinheiro configura um “assalto” e depois de já ter participado esse facto à PSP local, ontem, segundo novo comunicado, «apresentou queixa-crime contra José Eduardo Simões e Luís Guilherme Godinho, respectivamente Presidente e Vice-Presidente para a área financeira da Académica de Coimbra». Acusam ambos de retenção ilegal das verbas uma vez que, alegam, à luz dos contratos assinados, «as receitas são propriedade pela TBZ».
Visado logo no primeiro comunicado e ontem novamente acusado, Luís Guilherme Godinho apresentou ontem de manhã, junto da Polícia Judiciária, queixa-crime contra João Barroqueiro, a TBZ e o assessor de Imprensa que emite o comunicado em que se acusa o vice-presidente da Briosa de assaltar a TBZ. Contactado pelo DC, Luís Guilherme Godinho disse não pretender comentar a situação. Acrescentou apenas que a assessoria jurídica da Académica está a acompanhar a execução do contrato.
Durante o dia de hoje, a Direcção da Académica deve tomar uma posição pública face aos acontecimentos deste fim-de-semana. O DC sabe que, além deste problema com esta bilheteira, o clube está a acompanhar de perto todas as implicações que os pedidos de falência apresentados por credores da TBZ podem ter no contrato da Briosa pelo que a esse nível não deverá haver novidades durante o dia de hoje. Todavia, depois deste fim-de-semana torna-se insustentável que a parceria se prolongue por muito mais tempo. Resta saber qual das partes assumirá a rescisão e os motivos a invocar.
in Diário de Coimbra
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