Um ponto ganho ou dois perdidos?

 

Cinco mil pessoas foram a um estádio ver um jogo sem golos e com pouca ou nenhuma emoção. A Briosa estreando um esquema com Joeano e Pitbull na frente, apoiados por um meio campo em losango com Paulo Sérgio no vértice mais recuado, Dame na esquerda, Brum na direita e Filipe Teixeira a apoiar o ataque. Na defesa, Roma, Sarmento, Litos, Kaká e Lino.

O esquema escolhido pode funcionar muito bem fora, mas não funciona quando é a Brisoa que tem de mandar no jogo. Dame fica muito afastado da frente, Brum não é propriamente um criativo e impedem-se os alas (Lino e Sarmento) de subirem. Além de que Joeano e Pitbull, não ganham cabeças quando se joga em jogo mais directo.

O jogo foi morno na primeira parte com poucas oportunidades e pouco futebol. Excepção para os últimos cinco minutos onde a Briosa dispôs de três oportunidades para inaugurar o marcador.

Após o intervalo, logo aos 49 minutos, aconteceu algo completamente surpreendente. Káka deixa-se surpreender por uma bola, permitindo que o avançado leiriense fique isolado para a baliza, não tendo outra alternativa senão fazer falta. O árbitro mostra o primeiro cartão da partida e a Briosa fica reduzida a dez. O que fazer agora? Aguentar o empate ou ir à procura da vitória? Esta dúvida deve ter percorrido todos os jogadores da Briosa e o seu técnico. O Leiria parecia acessível, mas a Briosa vem de 5 derrotas em casa.

Sucedem-se um conjunto de substituições esquisitas por parte de Manuel Machado, que eu não compreendo e estou em crer ele também não. Saí Joeano para entrar Medeiros (logo a seguir à expulsão), depois sai Pitbull para entrar Sílvio (aos 80m) e por fim Miguel Pedro entra aos 87 (?!?) para o lugar de Dame.

Mas também Manuel Machado refere que

Este jogo, não tendo sido um primor, mostrou por que vale a pena vir ao futebol, pelo espectáculo, por ter sido uma partida aberta e com muitas oportunidades

E eu ao contrário passei a segunda parte a perguntar-me a mim mesmo porque não estava algures a beber um fino e comer uns camarões... Só posso concluir que a minha noção de espectáculo é diferente da de Manuel Machado.