domingo, novembro 22, 2009

Da Assembleia Geral

Contas aprovadas com milhão e meio de prejuízo

Os sócios da Académica de Coimbra reunidos este sábado em Assembleia Geral aprovaram por maioria o Relatório e Contas de 2008/2009, com um resultado líquido negativo de 1,5 milhões de euros.

No exercício relativo ao período entre 01 de Julho de 2008 e 30 de Junho de 2009, o passivo diminuiu 11 por cento (de 12,58 milhões de euros para 11,19), apresentando o clube um activo de 6,37 milhões de euros, o que representa uma queda de 39 por cento face à época passada (8,87 milhões).

Depois o exercício anterior ter terminado com um lucro de 617 mil euros, o vice-presidente para a área financeira, Luís Godinho, explicou que a conjuntura económica e a falta da venda de activos do clube (jogadores) contribuíram para explicar o resultado negativo.

O documento da direcção, aprovado com 19 abstenções e sem votos contra, afirma que "merece especial atenção e destaque, o ajustamento de dívidas a receber, resultante da insolvência da TBZ, no montante de 1 052 202,12 euros, e que vem contribuir, como factor principal, para o resultado líquido negativo obtido nesta época".

A TBZ, no entanto, rejeita esta dívida, dado que o Tribunal de Comércio de Lisboa, através do Administrador de Insolvência nomeado não reconheceu o crédito da Académica no valor acima referido, através de documento de não reconhecimento de créditos emitido a 25 de Maio de 2008.

"Tal afirmação é uma fantasia e constitui tentativa desesperada do Eng. José Eduardo Simões [presidente da Académica] de fugir às suas responsabilidades pelos maus resultados financeiros e desportivos fruto da sua gestão da Académica", referiu fonte da TBZ à Agência Lusa.

O elenco directivo defende que o passivo já teve uma diminuição suplementar a rondar os 1,5 milhões de euros, isto porque o mesmo se "encontra afectado negativamente por valores que já se encontravam pagos à data de 30 de Junho, mas ainda aguardavam ou o respectivo documento de suporte contabilístico ou o seu processamento".

Assim, o passivo real, à data do encerramento das Contas, é de cerca de 9 milhões de euros.

O sócio Luís Santarino criticou ainda assim o elevado passivo do clube, que duplicou desde que o ex-presidente Campos Coroa deixou a direcção do clube e que não reflecte a "performance" desportiva da equipa principal.

O presidente da Académica fez ainda o ponto da situação da época desportiva em marcha, referindo-se à apresentação de recurso do afastamento na Taça da Liga. Criticou ainda o actual momento negativo da Liga de clubes, bem como a situação "ridícula e caricata" da "novela" que foi a tentativa da contratação do treinador André Villas-Boas pelo Sporting.

[Fonte: O Jogo]

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