A Briosa empatou ontem com o Amadora, por culpa própria, num jogo que poderia ter ganho facilmente. Porquê falar do árbitro? Porque Pedro Henriques não é um árbitro qualquer, é um árbitro (que parece ser) sério, que tem um grande problema – não acredita no nosso futebol e resolve criar, inventar, as suas próprias regras. É assim uma espécie de justiceiro que tenta escrever direito por linhas tortas, e que depois faz asneiras que ninguém percebe. Vamos tentar elencar algumas das novas regras de Pedro Henriques:
1. Anti-jogo não merece amarelo
Pedro Henriques (PH) sabe que o nosso futebol foi feito para dar vantagem aos aldrabões. Ao jogador que quer perder tempo, diz a lei que merece levar um cartão amarelo. Num futebol sério, isto é uma penalização séria. No nosso não, porque só ao quinto amarelo o jogador será penalizado. Ou seja, se o árbitro der o amarelo vai ainda ajudar à festa perdendo tempo, para interromper o jogo e mostrar o amarelo.
Estratégia PH: Quando um jogador queima tempo, PH não mostra amarelo e compensa com tempo. Só assim se explica os 4 minutos de tempo adicional na primeira parte, onde houve um golo, uma substituição e duas entrada em campo dos massagistas. Por comparação, na segunda parte que teve 3 golos, 4 substituições e as mesmas entradas em campo dos massagistas teve os mesmos 4 minutos de compensação.
Problema: Além de não cumprir com a lei, PH prejudica quem vai ver o jogo. Os jogadores continuam a queimar tempo, e quem vê na bancada assiste a um mau espectáculo, sem dinâmica, e parado. Foi assim na primeira parte a partir do golo do Estrela.
2. Não há grandes penalidades
PH sabe que os jogadores simulam muito. E nunca são devidamente castigados por isso.
Estratégia PH: Só marcar grande penalidade quando tiver 200% de certeza que é falta. E como isso nunca acontece, PH simplesmente não marca grandes penalidades.
Problema: Sendo uma idiotice tremenda, coloca Pedro Henriques numa posição difícil. É que se ele acha que não é grande penalidade, e o jogador protesta deveria sancionar o jogador com um amarelo. Sougou é derrubado na área aos 84 minutos. PH, obviamente, não marcou. Aos 90 Sougou cai na área e não reclama falta. PH resolve dar-lhe o amarelo, vá-se lá saber porquê.
3. Não fazer o mal
PH acima de tudo, genuinamente,não quer fazer o mal. Os erros que faz, e são muitos, nunca o são com intenção de prejudicar um ou outro. O resultado ideal para PH era que os jogos acabassem todos empatados para que nenhuma equipa dissesse que tinha perdido o jogo por acção dele. Do mesmo modo, os jogadores são poupados a castigos maiores. Como o primeiro amarelo a Sougou é injusto, PH poupa-lhe o segundo numa entrada perfeitamente merecedora desse castigo. Aliás, PH é caricato neste lance. Apita, leva a mão ao bolso. Quando olha para o jogador de frente constata que é Sougou, retira de imediato a mão do bolso para dizer que não há discussão. Tinha tido um ataque de comichão no bolso.
Conclusão
Num futebol sério, PH não deveria andar na Primeira Liga. No nosso futebol, damos graças por ter um árbitro que não come fruta nem bebe cafezinhos. Mas podia aprender a ler os Regulamentos. Todos ficaríamos a ganhar.