terça-feira, fevereiro 14, 2006

Presidente da Académica teria 200 mil euros no carro

Depois da notícia sobre as investigações da PJ, que aqui demos parte, hoje sai esta notícia no JN:


A Polícia Judiciária (PJ) apreendeu cerca de 200 mil euros, em dinheiro, que o presidente da Associação Académica de Coimbra/Organismo Autónomo de Futebol, José Eduardo Simões, teria guardado no interior do seu carro.

Este montante estaria distribuído por envelopes e foi encontrado na sequência das buscas realizadas pela Directoria de Coimbra da PJ, no início da passada semana, à residência do dirigente desportivo, ao gabinete que ocupou na Câmara de Coimbra (quando exerceu as funções de director do Departamento de Urbanismo) e ainda à sede do clube.

Segundo o "Jornal de Notícias" apurou, parte do dinheiro que estava na posse de José Eduardo Simões seria alegadamente proveniente de donativos para a Académica/OAF, havendo também montantes que seriam seus.

Recorde-se que as buscas efectuadas na passada semana, como na altura afirmou uma fonte do clube ao JN, "tanto podem estar relacionadas com interesses cruzados da política, com o mundo imobiliário e o futebol, como também podem ter a ver com transferências de jogadores".

Aliás, a investigação terá sido desencadeada na sequência de uma denúncia anónima que se referia a alegadas ligações perigosas entre o futebol e interesses imobiliários, visando em concreto a polémica urbanização Jardins do Mondego, empreendimento que acabou, entretanto, por ser embargado.

O proprietário deste empreendimento acabaria também por ser alvo das atenções da Policia Judiciária, tendo decorrido, no mesmo dia em que eram feitas buscas em Coimbra, uma outra diligência, na zona da Grande Lisboa, junto desse empresário.

Nas buscas feitas em Coimbra, além dos cerca de 200 mil euros, os investigadores terão ainda levado alguns documentos.

Contudo, José Eduardo Simões não foi constituído arguido.

Confrontado na altura com a notícia das buscas, José Eduardo Simões afirmava que "viver com a sombra de uma suspeição é o pior que pode acontecer a quem está inocente", ao sublinhar que a visita da PJ pecava "por tardia".

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