terça-feira, março 03, 2009

Repensar o futebol

O Filipe (Viver Académica) volta a tocar num assunto já por demasiadas vezes aqui referido. Este fim de semana, num jogo onde é importante vencer, um sócio terá de desembolsar 5€ a 7,5€ para ver a Briosa. A título de exemplo, o clássico do Minho ontem realizado, tinha preços de 1€ a 5€ para sócios. Num dia de semana à noite, estiveram 12.262 espectadores. O bilhete de época para a segunda volta (que incluía o jogo com o VSC e o jogo com o SLB) custava a um sócio do Braga 20€, havendo preços para jovens a partir dos 10€.

Sei que a Briosa já teve entradas gratuitas com resultados pouco animadores. É que os hábitos que se perdem demoram tempo até serem adquiridos. Já muita gente se habituou a não ir ver a bola ao vivo. Aliás, há pessoas que já não são capazes de ver a bola sem uma televisão por perto para ver a repetição do golo, ou o fora de jogo duvidoso. Penso que era importante inverter isto. Permitir que um sócio possa ir ver os jogos (excluindo os grandes) sem pagar mais do que as quotas, criava uma dinâmica de ida ao Estádio e isso só poderia ser positivo.

Numa altura em que o modelo tradicional de futebol está a mudar, era bom que alguém na Briosa encarasse este problema de forma diferente do que tem sido feito até aqui. Que encarasse a parte financeira da Briosa de forma muito mais abrangente do que aquilo que tem sido feito. Há maus exemplos por todo o lado que começam a sofrer agora os efeitos de mau planeamento e de modelos de negócio falidos. Só sobreviverão os que conseguirem ter uma base de sócios/adeptos forte e empenhada. E isso só se consegue atraindo as pessoas e não afastando.

4 comentários:

  1. Obrigado caro Cpais pela referência.
    Abraço;)

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  2. estao-se a esquecer da mancha que vende bilhetes por 3€

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  3. Legaliz,

    Não me esqueci da Mancha, mas não estou a comparar preços de claques com preços de sócios. Não partilho a ideia de que o futuro do futebol passa pela existência de claques, mas também não as abomino. Devem ter o seu espaço, mas devem existir espaços para todos os outros sócios que não querem fazer parte de grupos organizados.

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  4. Também acho, não viria mal nenhuma ao modo se o socio da AAC tivesse entrada livre desde que as cotas tivessem pagas, com excepção dos 3 grandes, já que são os unicos jogos em que se calhar a receita de bilheteira compensa. E eu nem me importava que aumentassem as cotas ligeiramente se assim fosse. Para além de que se calhar conseguiam mais receitas de publicidade com mais gente. Mas quem sou eu...

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