É pena, mas é verdade. A Briosa continua a contar com um certo tipo de adeptos mesquinhos que mais não faz todo o ano do que dizer mal, profetizando a desgraça. Não estou a falar dos que criticam, porque a crítica tem critério, estou a falar dos que apenas e só dizem mal.
São os mesmos adeptos que agora apoiam o Presidente JES, e ao mesmo tempo exigem que ele suspenda o mandato. Com apoios destes, o homem nunca precisará de inimigos.
Mas voltando a Nelo Vingada, quais eram as principais críticas?
Que ele só apostava em brasileiros e que não apostava nos miúdos da formação. Bem, mas como o que conta são mesmo os números, atentemos nas contas que o Luis Pena Viegas faz hoje n’O Jogo
Desde que se senta no banco da Académica, há coisa de ano e meio, Nelo Vingada já lançou seis jovens na divisão principal: Zé Castro, Nuno Piloto, Sarmento, Vítor Vinha, Rui Miguel e Ito. Não só no sentido de os fazer sentir a emoção da Liga, porque os três primeiros até a experimentaram antes de o professor assumir o cargo, a diferença situa-se na consolidação e no aproveitamento do talento destes jovens. Zé Castro é titular, e agora até é capitão de equipa, Vítor Vinha também, Nuno Piloto e Sarmento tornaram-se opções regulares, Rui Miguel estreou-se no sábado, e até marcou ao Rio Ave, como aconteceu ao ainda júnior Ito. Para já, dos meninos feitos nas escolas da Briosa que integram o grupo treinado por Nelo Vingada, só falta mesmo lançar Fausto, ponta-de-lança da equipa de juniores, internacional pelas selecções jovens, e outro talento para consolidar.
Na verdade Nelo Vingada tem feito tudo menos aquilo que o acusaram. E é com expectativa que espero para ver quais os treinadores que esta onda de críticos irá apoiar. Só espero que não venha para aí um cujo maior elogio sobre as suas qualidades seja apenas o de ser um grande académico.
Porque prefiro mesmo ter um BOM treinador, que saiba aproveitar talentos, mas que também os saiba ir comprar. Que esteja preparado para fazer um trabalho no mínimo de 2 épocas, e que não dê muita conversa aos lobbies locais.
E porque não gosto dos que encontram defeitos, mas raramente se comprometem com alternativas, avanço com nomes de quem gostava de ver a treinar a Briosa. São dois: um no activo e outro desempregado. Jorge Jesus ou Norton de Matos.
Presidente da Académica arguido em inquérito sobre corrupção
ResponderEliminarO presidente da Académica, José Eduardo Simões, foi constituído arguido num processo de investigação sobre corrupção e tráfico de influências, confirmou esta sexta-feira a directora de comunicação do clube, Andreia Madeira, sublinhando que era essa a vontade do dirigente.
«O presidente já estava à espera e ele próprio, em entrevista ao Diário As Beiras, disse que tinha solicitado isso para ter acesso ao processo e melhor se defender das acusações», disse Andreia Madeira à Agência Lusa, em reacção à informação avançada pelo Jornal de Notícias, adiantando que contactou hoje José Eduardo Simões e que o mesmo não manifestou qualquer surpresa pelo facto.
José Eduardo Simões foi constituído arguido esta semana, depois de ter sido ouvido pela Polícia Judiciária pela primeira vez desde o início da investigação sobre negócios do ramo imobiliário com contornos pouco claros no entender das autoridades.
Há cerca de dois meses, foram efectuadas buscas na residência do presidente da Académica, e na Câmara Municipal de Coimbra, onde trabalhou até final de Dezembro de 2005, como director do Departamento de Urbanismo.
Na altura, foram encontrados, no seu automóvel, envelopes com quantias em dinheiro a rondar os 200 mil euros, e o próprio presidente academista manifestou a intenção de ser constituído arguido para poder ter acesso ao processo e melhor se defender das acusações.
A investigação resulta de uma denúncia anónima, de Abril de 2005, sobre «interesses cruzados da política com o mundo imobiliário e do futebol».
A denúncia visava sobretudo a urbanização de luxo Jardins do Mondego, entretanto embargada por conter irregularidades na sua construção, tendo sido inclusivamente alvo de buscas o seu proprietário, Emídio Mendes.
Entretanto, outros «negócios» menos claros terão motivado mais buscas frequentes, relacionadas com outros projectos imobiliários aprovados pela Câmara Municipal de Coimbra.
A Lusa tentou contactar José Eduardo Simões, mas não obteve resposta.
Diário Digital / Lusa