Triste jornada

Por causa da chuva cheguei tarde ao Estádio e não pude ver o primeiro golo da Briosa. No carro ouvi a descrição da bela jogada de N'Doye na esquerda a centrar para um golo de Joeano. O brasileiro resolveu brindar-me com o segundo golo mal me sentei para ver o jogo. Passavam 26 minutos e desta feita tinha sido Filipe Teixeira a preparar tudo. Senti uma certa apreensão ao lembrar-me que na Reboleira a Briosa também tinha chegado facilmente aos 2-0. Mas resolvi desfrutar o jogo.

Com Dani na baliza, Piloto a defesa direito, Zé Castro e Alcântara ao meio e Vinha na esquerda, pus-me a pensar quão esquisita era aquela defesa, que estava a anos luz da do ano passado. À frente dela Brum, e no meio campo N'Doye, Teixeira e Luciano também ele a milhas daquilo que já jogou. Na frente Fernando e Joeano.

No jogo mandava a Naval. Luciano estava apático, Alcântara estranho e Fernando pura e simplesmente não estava. Ainda não me tinha ambientado ao jogo e já a Naval reduzia num lance em que a defesa parace ter sido infantil.

Até ao intervalo só deu Naval, excepto no último minuto em que Joeano é parado à entrada da área num lance em que o defesa da Naval vê o amarelo. Podia ter sido de outra cor, mas aceita-se este critério. Quem bate o livre é inexplicavelmente Luciano. O jogador que parecia estar a fazer um frete por estar a jogar é o escolhido para marcar o livre. Não foi preciso olhar para saber o destino que aquele bola teria. Fora.

Da arbitragem ficou a sensação que o fiscal de linha que acompanhava o ataque da Naval, tinha transformado pontapés de baliza em cantos. Podia ter sido só impressão.

Na segunda parte, ao primeiro minuto, amarelo a Piloto de certa forma inexplicavel. Uma falta como tantas outras, que o árbitro decide punir com amarelo. O critério do árbitro parece balançar. Aos 53' minutos, segundo amarelo para Piloto, este sem margem de dúvida. A Briosa fica reduzida a 10. Nelo Vingada tira Fernando e entra Andrade. Não se nota grande diferença na Briosa, porque assim como assim, já na primeira parte a Briosa alinhava com 10, tal a inoperância de Fernando.

Continuava a dar mais Naval e aos 64', surge o empate num lance de completa azelhice de Alcântara na marcação, e onde mais uma vez Dani mostra porque devia ser suplente.

A partir daqui é a confusão total. A Briosa não sabia se devia ir à procura do golo, ou ficar satisfeita com o empate. Uns jogadores queimavam tempo, outros tinham pressa em ir para o ataque. E alguns tremiam.

Até que entra o árbitro e o mesmo fiscal de linha da primeira parte em jogo. Aos 86', lance de ataque da Briosa onde Brum sofre falta que o árbitro não marca e a Naval parte em contra ataque. Andrade faz falta sobre a linha de meio campo e é expulso (lembrar situação da falta sobre Joeano na primeria parte). O critério parece ter aberto uma excepção. Nelo Vingada protesta com o fiscal de linha e é expulso. Primeira expulsão na carreira deste treinador.

Mais tarde aos 90', Joeano irritado protesta uma falta e o mesmo fiscal de linha manda expulsar o jogador. No banco da Briosa grande confusão e é o médico que é expulso. Os 5 minutos de compensação são jogados com a Briosa reduzida a 8 elementos e sem treinador no banco. O árbitro assim que pode apita para acabar o jogo, consciente que o seu fiscal de linha e ele tudo fizeram para prejudicar a Briosa e de modo a nos dificultar a vida na próxima jornada.

A Briosa está abaixo da linha de água. O próximo jogo é em Vila do Conde, e Vingada não poderá contar com Nuno Piloto, o Joeano, o Andrade e o Ndoye fora os lesionados que hoje eram Nuno Luis, Sarmento, Dionattan, Danilo e Paulo Adriano. Escusado será dizer que quem perder ficará em muito maus lençóis. Continuo a ler iluminados a dizer que 38 pontos parecem ser suficientes, mas eu olho ali para o lado e não consigo ficar descansado. Antes pelo contrário. A luta promete ser intensa até ao ultimo jogo.