quinta-feira, maio 11, 2006

“Até cheguei a chorar”

“Até cheguei a chorar” são palavras de Joeano em entrevista ao Diário de Coimbra:


DC – O derradeiro jogo do campeonato foi de grande sofrimento para os academistas. Que sentimentos reinam numa equipa que está a perder 0-2 e tem a Liga de Honra como destino?


Joeano - Cada um pensa e reage à sua maneira. Sabíamos que com dois a zero e se a Naval marcasse podíamos ser despromovidos. Nesses momentos vêem-se as grandes equipas e aí fomos uma grande equipa. Não foi por uma exibição de luxo, mas pela vontade que todos demonstraram.


DC – Aí apareceu Joeano. Primeiro reduziu e depois a “angústia” do penalty decisivo. Que lhe passou pela cabeça nesse momento?


Joeano - Estava muito feliz por saber que era eu que ia marcá-lo. Estava um pouquinho nervoso, mas sabia que aquele golo podia dar a manutenção à Académica, pois o empate chegava. Queria que a bola entrasse rapidamente para comemorar a tão desejada manutenção.

DC – No jogo que refere em Barcelos acabou por marcar três golos, mas a equipa perdeu 4-3. Foi frustrante?


Joeano - Foi mesmo muito frustrante. Fiquei feliz por ter marcado três golos, pois estive tanto tempo sem jogar e não é todos os domingos que se marcam três golos. Mas se eu soubesse que um colega marcava um golo e ganhávamos 1-0 eu trocava os meus golos por isso.

DC – Com 13 golos na Liga e dois na Taça de Portugal qual elege como o melhor da época?


Joeano - Acho que se a pergunta fosse feita antes do último jogo escolhia outro, mas agora escolho, sem dúvida, o penalty contra o Marítimo. Apesar de ser um lance de bola parada onde quem marca tem noventa por cento de sucesso, este golo foi muito importante para mim. Até cheguei a chorar, pois deu a manutenção.

DC – Depois de uma “meia temporada” repleta de golos, como está o futuro?


Joeano - Saio se houver uma proposta muito boa para mim e para a Académica. Sair por sair não o faço, pois estou bem na Académica. A minha esposa é de cá e o meu filho nasceu cá em Coimbra. Estou muito bem aqui onde sou querido por todo o mundo. Se não aparecer nenhuma proposta como falei, cumpro o meu contrato até 2008.


DC – Uma grande curiosidade em torno do Joeano é o número da camisola: o 2. É para manter?

Joeano - O número 2 é para manter. Até briguei no início da época, pois diziam-me que o 2 era de defesa, mas eu tenho as minhas superstições. Se com ela fiz seis golos na época de estreia, no ano seguinte joguei com o 9 e só marquei dois e este ano, outra vez com a 2, fiz 13 golos mais dois para a Taça de Portugal, só pode ser para continuar.

1 comentário:

  1. Há que dar as condições para este senhor ficar... sim, pq o Joeano é um SENHOR!!
    FORÇA RAPAZES!!

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