terça-feira, janeiro 20, 2009

Os hipócritas

O António Boronha tem um link sobre os hipócritas que me dá gozo ir lendo. Confesso que não tive o tempo de ontem acompanhar a net sobre o tema que lancei aqui
É que é espantoso ver as reacções de quem se aproveita do trabalho dos outros sem lhes fazer referência. Sei que não este tema não teria a exposição que teve se o Boronha não tivesse pegado nele, mas acho que uma pequena referência (pública ou privada) não ficava mal, principalmente a quem mais vai beneficiar do caso - a SAD do Belenenses que tem o desplante de escrever isto no seu site:
O Belenenses conta participar nas meias-finais da Taça da Liga e vai estar presente no sorteio de amanhã, face ao teor da regulamentação da própria competição.

Pois, não é face ao regulamento, mas sim face ao terem sido alertados para o regulamento. Porque ontem o seu líder da SAD dizia que o Belenenses tinha sido eliminado por um qualquer golo anulado. Confesso que não recebi nenhum mail de agradecimento desta SAD, mas eu não faço parte dos especialistas nem escrevi nenhum parecer técnico que vieram a reforçar a tese . Eu apenas fui o autor da tese.

Nos media tradicionais, excepções feitas ao maisfutebol,e ao Record, não encontro mais ninguém a referir o Briosa, apesar de usarem a informação por nós levantada. É pena.

10 comentários:

  1. Agradeço-te que eu sou do Belenenses

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  2. http://futebolartte.blogspot.com/2009/01/obrigado-boronha.html

    eu vi aqui, mas sempre fazem mais referência ao Boronha.

    Parabéns pelo trabalho.

    até domingo

    mitic0

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  3. http://www.record.pt/noticia.asp?id=820127&idCanal=4


    saíram no record!


    mitic0

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  4. Uma coisa é conceptualmente ser diferente «goal average» e «goal diference» - nada a opor; outra é o sentido da expressão quando face à sua a utilização com fim específico.
    Neste particular, é claro que tem de ser interpretada como diferença entre n.º de golos marcados e sofridos, pois o que se pretende com a expressão «goal average» é criar um critério de desempate, obviamente a favor da equipa com melhores resultados.

    A NÃO SER ASSIM, UMA EQUIPA QUE NÃO SOFRESSE QUALQUER GOLO SERIA SEMPRE A PREJUDICADA, POIS É IMPOSSÍVEL DIVIDIR O N.º DE GOLOS POR ZERO!!!!

    Ex. 1: uma equipa com 10 golos marcados e 0 sofridos, não tem «goal average»; outra com 2 marcados e 1 sofrido tem coeficiente «2» de «goal average» e elimina aqueloutra...

    MAIS:
    Facilmente se deslinda a intenção do regulamento quando analisado o 2.º critério de desempate, que é o de maior número de golos marcados. É um (sub)critério para desempatar em caso de igualdade na diferença entre n.º de golos marcados e sofridos, mas que já não tem qualquer utilidade quando interpretado «goal average» como o coeficiente de golos marcados e sofridos!
    Por aqui se vê que só pode estar em causa a diferença e não o coeficiente.

    Senão atentemos no seguinte exemplo, que daria um resultado perfeitamente absurdo:

    Ex.2: uma equipa marca 25 golos e sofre 5, enquanto que outra marca 6 e sofre 1.
    A 1.ª tem diferença de +20 e a 2.ª tem diferença apenas de + 5. Claro que quem merece e deve qualificar-se é a 1.ª.
    Mas, aplicado o critério do «goal average» como coeficiente, a 1.ª será eliminada porque tem coeficiente de 5 (25/5) contra o de 6 (6/1) da 2.ª!!!
    Uma interpretação neste sentido é totalmente disparatada!!!

    A Liga poderia ter explicado destarte, em vez de arremessar com conceitos indeterminados (e sempre polémicos e polemizáveis), tais como «linguagem corrente» e quejandos...

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  5. Uma coisa é conceptualmente ser diferente «goal average» e «goal diference» - nada a opor; outra é o sentido da expressão quando face à sua a utilização com fim específico.
    Neste particular, é claro que tem de ser interpretada como diferença entre n.º de golos marcados e sofridos, pois o que se pretende com a expressão «goal average» é criar um critério de desempate, obviamente a favor da equipa com melhores resultados.

    A NÃO SER ASSIM, UMA EQUIPA QUE NÃO SOFRESSE QUALQUER GOLO SERIA SEMPRE A PREJUDICADA, POIS É IMPOSSÍVEL DIVIDIR O N.º DE GOLOS POR ZERO!!!!

    Ex. 1: uma equipa com 10 golos marcados e 0 sofridos, não tem «goal average»; outra com 2 marcados e 1 sofrido tem coeficiente «2» de «goal average» e elimina aqueloutra...

    MAIS:
    Facilmente se deslinda a intenção do regulamento quando analisado o 2.º critério de desempate, que é o de maior número de golos marcados. É um (sub)critério para desempatar em caso de igualdade na diferença entre n.º de golos marcados e sofridos, mas que já não tem qualquer utilidade quando interpretado «goal average» como o coeficiente de golos marcados e sofridos!
    Por aqui se vê que só pode estar em causa a diferença e não o coeficiente.

    Senão atentemos no seguinte exemplo, que daria um resultado perfeitamente absurdo:

    Ex.2: uma equipa marca 25 golos e sofre 5, enquanto que outra marca 6 e sofre 1.
    A 1.ª tem diferença de +20 e a 2.ª tem diferença apenas de + 5. Claro que quem merece e deve qualificar-se é a 1.ª.
    Mas, aplicado o critério do «goal average» como coeficiente, a 1.ª será eliminada porque tem coeficiente de 5 (25/5) contra o de 6 (6/1) da 2.ª!!!
    Uma interpretação neste sentido é totalmente disparatada!!!

    A Liga poderia ter explicado destarte, em vez de arremessar com conceitos indeterminados (e sempre polémicos e polemizáveis), tais como «linguagem corrente» e quejandos...

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  6. Este comentário foi removido pelo autor.

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  7. Rafael,

    Laboras em vários erros:

    1. Um equipa que não sofre golos tem o goal average mais alto (infinito). Aliás, era isso que o goal average premeia - a segurança defensiva numa altura em que marcar golos era fácil

    2. O segundo critério de desempate faz à mesma todo o sentido no goal average (GA). Uma equipa com GM/GS de 10/5 tem um GA de 2, tal como uma equipa que marca 4 e sofre 2. Neste caso apura-se a que marcou mais.

    Recordo-te que o GA foi usado desta forma durante muito tempo, tendo sido substituido quando se começaram a marcar menos golos, daí insinuar que o GA é um disparate não abona nada.

    O GA pode ser usado e foi ESTE regulamento que o foi recuperar. Já ninguém o usava, mas foi ESTE regulamento que o quis usar.

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  8. Prezado Cparis:

    Registo a resenha que teve a bondade de partilhar e agradeço-lha porque fiquei a saber mais acerca dos antecedentes históricos do GA.

    Todavia, se me permite, continuo a discordar porque não se trata aqui de uma interpretação do normativo regulamentar à luz do seu elemento histórico, mas antes do teleológico. Aliás, é o meu caro amigo quem alude à intenção do legiferante quando fala em ter sido «este o regulamento que QUIS usar».
    Se assim é - e estou de acordo em que o seja - então temos de entabular um juízo de reconstituição da vontade do legislador.
    Aqui chegados, é por demais evidente que o GA não teve em vista o coeficiente de golos marcados/sofridos, pois ao abrigo desse critério - como o caro amigo muito bem explanou - o que se premiava era a eficácia defensiva (no exemplo dado por si, passava a equipa com 4/2 em detrimento da equipa com 10/5) e o mesmo legislador erige como critério subsidiário de desempate o do maior número de golos marcados!!!
    Ou seja: (só) para o caso de não se conseguir desempatar com o primeiro (o do GA) é que o 2.º critério está consagrado, em lógica harmonia sistémica com o 1.º. Assim sendo - e é -, deslinda-se que o GA previsto como 1.º critério de desempate no regulamento da competição favorece, em integração unitária com o 2.º critério, os golos marcados e não os golos evitados.

    Vale por dizer: juridicamente, a explicação do caro amigo subsume-se inatacavelmente ao GA no sentido da diferença de golos marcados/sofridos, com prevalência ao n.º de golos marcados (e não ao dos sofridos) no caso de esse critério ser concretamente insuficiente.

    Por outro lado, o meu caro amigo não comentou o meu exemplo 2: uma equipa marca 25 golos e sofre 5, enquanto que outra marca 6 e sofre 1. A 1.ª tem diferença de +20 e a 2.ª tem diferença apenas de + 5. Claro que quem merece e deve qualificar-se é a 1.ª.
    Mas, aplicado o critério do «goal average» como coeficiente, a 1.ª será eliminada porque tem coeficiente de 5 (25/5) contra o de 6 (6/1) da 2.ª!!!

    Há-de convir que este resultado é um disparate. Se é, como é, então a solução a ele conducente também o é, a simili ou até mesmo a fortiori.

    Empregando a sua terminologia, não foi a isto que o legislador quis chegar e, logo, não foi isto que fez ou quis fazer.

    PS: releve-me a terminologia jurídica, que me esforcei por expurgar, mas trata-se de matéria a tratar exactamente nesse foro (o resto, não evitado, é deformação profissional do exercício da advocatura).

    PS 2: para que conste, até preferia que passasse o Belenenses porque, à partida e teoricamente, seria menos difícil para o meu Benfica.

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  9. Quando uma pessoa é roubada não quer deixar de pensar nisso, e não vê não quer pensar porque não vale a pena lutar contra os três porque eles têm em tudo que é futebol homens instalados a lutar contra quem não é vassalo e não se quer deixar embalar pêla canção do Bandido...Todos os clubes pequenos deviam se unir e dizer basta,,,que os estarolas joguem com os arbitros assim já formam dez equipas ou então que vão para Inglaterra jogar que eu gostava de os ver descher de divisão...quanto ao assunto em questão agradeço do fundo do meu coração o ter levantado a lebre porque estava a passar em claro aos Belenenses e sem o seu lamiré passava mesmo. OBRIGADO..

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  10. Cheguei aqui e fiquei... porque gosto de ver o entusiasmo de homens como os meus amigos virtuais. Fãs da bola.Eu também adoro ver um bom jogo. Se não vou mais vezes ao campo é porque vejo em casa.
    Jiiiiiiiiiiinhos e golos.
    Isa
    postagem

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